Celebrou-se no dia 25 de Novembro o dia Internacional contra a violência de género. Foi neste dia, em 1960, que foram encontrados os cadáveres de três irmãs, Minerva, Patria e Maria Teresa Mirabal, assassinadas pelo regime do ditador Trujillo na Republica dominicana, pelo facto de serem mulheres e ativas militantes anti regime.
Anos mais tarde, em 1999, a ONU, em homenagem às irmãs Mirabal, declarou o dia 25 de Novembro, dia internacional para a eliminação da violência contra a mulher.
A violência de género contínua presente na nossa sociedade em forma de agressões e abusos em milhares de vítimas em todo o mundo. A cada 25 de Novembro soam as vozes da denúncia a favor da sua erradicação definitiva.
O ano de 2015 ficará na História como o ano da definição dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Trata-se da nova agenda de ação até 2030, que se baseia nos progressos e lições aprendidas com os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, entre 2000 e 2015 (partilhei convosco em Junho http://osexodosanjos.blogs.sapo.pt/licenciatura-animacao-socioeducativa-8633). Esta agenda é fruto do trabalho conjunto de governos e cidadãos de todo o mundo que pretende criar um novo modelo global para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o meio ambiente e combater as alterações climáticas.
No passado dia 2 de Junho falei aqui http://osexodosanjos.blogs.sapo.pt/trabalhadoras-portuguesas-tem-mais-6316 da questão da desigualdade na retribuição salarial entre homens e mulheres, no acesso a lugares mais destacados nas empresas e na progressão das carreiras. Este é um assunto que me toca profundamente desde o início da minha vida profissional uma vez que sempre me considerei descriminada em favor de colegas do sexo masculino, embora desempenhasse tão bem ou melhor as mesmas funções.
Signatories: 140 Parties: 183 Status as of: 3 October 2017
Segundo as Nações Unidas, todos os anos, mais de 1,5 triliões de dólares são pagos em subornos em todo o mundo. Se esse dinheiro fosse aplicado nos sectores da educação e da saúde, milhões de crianças poderiam estudar e milhões de vidas poderiam ser salvas.
No dia 24 de Outubro de 1975, decorria o ano pós revolução dos cravos em Portugal, as mulheres da Islândia resolveram entrar em greve para reivindicar a sua emancipação. Naquele dia elas recusaram-se a trabalhar, a cozinhar e a tratar das crianças por um dia. Foi o momento que mudou definitivamente a forma como as mulheres eram vistas e que ajudou a colocar a Islândia na vanguarda da luta pela igualdade.No ano seguinte o parlamento aprovou uma lei garantindo igualdade salarial.
Em Novembro de 1980 Vigdis Finnbogadottir, mãe solteira, divorciada, foi eleita presidente da Islândia, tornando-se a primeira mulher a ser presidente na Europa e a primeira mulher a ser democraticamente eleita como chefe de estado. Ocupou o lugar por 16 anos e a Islândia passou a ser conhecida como “o país mais feminista do mundo”.
Vigdis Finnbogadottir sempre disse que nunca teria sido presidente se o tão famoso dia 24 de Outubro de 1975, dia em que 90% das mulheres do país decidiram demonstrar a sua importância fazendo greve, não tivesse acontecido. “ O que aconteceu naquele dia foi o primeiro passo para a emancipação das mulheres na Islândia, paralisou completamente o país e abriu os olhos de muitos homens. Bancos, fabricas e lojas tiveram que fechar, tal como escolas e creches, obrigando os pais a levar os filhos para o trabalho”. Foi uma longa sexta-feira.
Hoje o texto não é meu. Permito-me partilhar aqui um texto fabuloso de Paula Cordeiro que espelha a realidade da grande percentagem de mães e mulheres deste país.
Não defendo a ideia de que homens e mulheres têm de ser iguais, porque não são, mas defendo a ideia de que uma relação se baseia numa partilha não apenas da intimidade mas de tudo o que esta representa, inclusivamente apanhar as meias do chão. Partilhar não é 'dar uma ajuda' ou 'apoiar'. Partilhar é assumir e fazer.
O movimento, criado pela actriz Emma Watson e apoiado pelas Nações Unidas, tem como objetivo acabar com a desigualdade de género.
O mundo está num momento de mudanças. Em todos os lugares, as pessoas entendem e apoiam a ideia da igualdade de género. Eles sabem que não é apenas uma questão das mulheres mas sim um assunto de direitos humanos. E quando essas vozes poderosas forem ouvidas, elas irão mudar o mundo. A hora da mudança é agora. O Movimento http://www.heforshe.org/pt convida pessoas do mundo inteiro para, juntas, criarem uma força visível e corajosa pela igualdade de género.