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O sexo dos anjos

10
Set18

Quando a desigualdade de género parte de outra mulher

por Cila

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Hoje estou triste. Muito triste.

Falar da desigualdade de género é para mim uma batalha, na maior parte das vezes incompreendida por grande parte da população masculina que tem tendência a desvalorizar e até contrariar. Mesmo assim não deixo de tentar sempre fazer ver a realidade dura da maior parte das mulheres no seu dia-a-dia e, quando consigo fazer ver a alguém as desvantagens de que todas as mulheres são portadoras, fico extremamente feliz. Conseguir mudar a visão de apenas uma pessoa é para mim uma vitória, já que uma das minhas frases preferidas neste contexto é “grão a grão, enche a galinha o papo”.

E é assim que chego ao assunto de hoje. Porque fico tão magoada e triste quando se trata de ser necessário fazer ver a desigualdade a uma mulher. Como é possível? Como pode uma mulher tecer comentários sexistas? Como pode uma mulher fazer-se reduzir ao facto de se achar de alguma forma um ser inferior? Como pode uma mulher concordar com comentários sexistas de alguém que deve pensar que nasceu de uma chocadeira e não de uma mulher? E não só concordar mas ainda reforçar. Como podemos mudar a nossa sociedade quando são as próprias mulheres a criar estereótipos que validam os comportamentos machistas?

Pronto, desabafei.

E para ti Mulher, que ainda vives com o pensamento retrógrado que te foi incutido na tua educação, não, não somos inferiores. Somos seres humanos iguais de direitos e deveres. Merecemos a igualdade, principalmente a igualdade de oportunidades. Merecemos que nos ouçam quando não concordamos com a forma como somos tratadas, quando nos descriminaram no nosso trabalho por sermos mulheres, quando não aceitam a verdade dos factos ao enfrentar um colega do sexo masculino, quando nos ROUBAM no nosso salário porque somos mulheres. Sim, ROUBAM. Porque desempenhamos a mesmíssima tarefa que o nosso colega do lado, quem sabe até com mais responsabilidades, e o nosso salário é quase 50% inferior. E quem rouba alguma coisa é ladrão. Com todas as letras, L A D R Ã O.

Percebeste agora? Já não era sem tempo.

 

30
Ago18

Nova Zelândia proíbe estrangeiros de comprar casa

por Cila

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Está na ordem do dia o aumento do preço das habitações em Portugal, principalmente nas zonas mais turísticas como Lisboa, Algarve ou Porto. Fala-se em “bolha imobiliária”. Não sei muito bem o que isto é mas, suponho que tenha a ver com o aumento desmesurado do valor a pagar por habitações, devido ao investimento de estrangeiros no nosso país.

Ora, convenhamos, para uma pessoa que aufere um rendimento mensal de 5000€, não será muito difícil comprar uma casita com o valor sempre acima dos 500.000€. Agora, para o comum dos portugueses cujo ordenado mínimo é de 580€, será totalmente impossível.

 

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04
Jun18

República Democrática do Congo: ONU pede revisão do projeto de lei das ONG's

por Cila

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GENEBRA (4 de junho de 2018) - Especialistas em direitos humanos da ONU alertam a República Democrática do Congo (RDC) da necessidade de rever o projeto de lei que regulamenta o trabalho de organizações não-governamentais, afirmando que ele ameaça o trabalho vital da sociedade civil.

O projeto de lei estabelece novas restrições destinadas a reduzir o número de ONGs que operam no país e deve ser examinado antes do final da atual sessão do Parlamento em 15 de junho.


"Se for adotado na sua forma atual, o projeto de lei ameaça os direitos às liberdades de expressão e de associação e restringirá, ainda mais, o espaço cívico no país", disseram os especialistas da ONU.

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29
Mai18

JUSTIÇA E IMPUNIDADE-Relatório da ONU

por Cila

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Publicado hoje, o novo relatório da ONU sobre a violência contra as mulheres no Afeganistão constata que as vítimas são, muitas vezes, pressionadas a aceitar a mediação, em vez de o suposto autor ser levado a julgamento. “Usar a mediação para tais ofensas é, em seu cerne, uma violação dos direitos humanos por parte do Estado, que tem a obrigação de assegurar a prevenção eficaz de tais crimes, a proteção das mulheres, e fornecer uma resposta efetiva onde tal violência ocorre. O amplo uso da mediação quando uma mulher ou menina foi espancada, mutilada ou assassinada, ou quando ela foi vítima desse conceito horrível de 'assassinato por honra', normaliza essa violência e torna muito mais provável que ela ocorra novamente. Também corrói a confiança das mulheres - e do público em geral - no sistema legal”, disse o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein.

RELATÓRIO da ONU - GENEBRA 29 de maio de 2018:

 

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23
Mai18

Em Coimbra, 94% das estudantes já foram alvo de assédio sexual

por Cila

Queima das fitas.io

 

Hoje partilho convosco, integralmente, um artigo do correio da manhã. Porquê?

Porque vivo em Coimbra, porque amo Coimbra, porque tenho filhas universitárias, porque conheço esta realidade.

Como é possível que, em 2018, em pleno seculo XXI, ainda estejamos nós, mulheres, sujeitas a este tipo de realidade? Uma realidade crua, dura e demasiado violenta.

Meninas que, na maior parte dos casos, vêm de pequenas localidades, completamente alheias ao que vão encontrar, sem indicações sobre como se protegerem. Podem dizer que, na atualidade, já conhecem todos os perigos mas, a realidade é demasiado brutal e muito mais violenta do que podem pensar.

Um estudo realizado pela UMAR Coimbra sobre a violência sexual em contexto académico revela que 94,1% das mulheres inquiridas já foram alvo de assédio sexual, 21,7% de coerção sexual e 12,3% reportaram já terem sido violadas.

Cerca de um terço das mulheres que responderam ao inquérito da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta referiram que já foram vítimas de 'stalking' (perseguição) e cerca de metade já tiveram contacto sexual não consentido, revela a nota de imprensa da organização enviada à agência Lusa.

 

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16
Mar18

Marielle Franco

por Cila

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Marielle Franco, vereadora pelo Rio de Janeiro, negra, feminista, quinta mais votada para o cargo, foi executada.

 Existem fortes indícios de que foi assassinada devido à sua luta contra as ações da PM contra os jovens negros da favela.

Marielle Franco, eleita pelo partido PSOL, tinha acabado de participar num evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", uma das  muitas campanhas em que estava envolvida na luta contra a violência, o racismo e a discriminação. Horas antes do crime, Marielle tinha publicado um post no Twitter sobre mais um caso de violência policial em que perguntava: "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?" A morte de Marielle está a causar uma onda de consternação no Brasil, com políticos, artistas e figuras da sociedade a lamentarem o seu desaparecimento.

Marielle Franco tinha muito pelo que lutar. Acreditava que podia mudar o sistema, mas tornou-se apenas uma estatística. Não vai haver comoção mundial pela sua morte. Provavelmente nem encontrarão os culpados.

Não deixem que isso aconteça, não deixem que se torne apenas estatística. Saibam dessa morte. Divulguem.

 

08
Mar18

1 Ano de blog e On 8 March #WeStrike

por Cila

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Faz hoje 1 ano, no Dia Internacional da Mulher, decidi criar este blog com o intuito de partilhar as minhas inquietações e dificuldades quanto ao papel da mulher neste mundo. Coincidentemente, este foi um ano de grandes mudanças, revelações e campanhas que pretendem dar à Mulher o destaque e posição que ela merece. Gosto de pensar que coloco um grãozito de areia neste difícil processo e que as minhas palavras possam ter algum feedback na mentalidade de algumas pessoas. Seria muito feliz se soubesse que consegui, pelo menos, conquistar uma pessoa na sua forma de ver e sentir esta sociedade de criámos.

Para celebrar este ano de escrita e de conquista, hoje partilho convosco um extrato de um artigo publicado no “The Guardian”, com o título original We need a feminism for the 99%. That's why women will strike this year, também ele uma forma de celebrar o Dia Internacional da Mulher e de dar a conhecer ao mundo algumas das verdades escondidas numa sociedade predominantemente machista.

No ano passado, no dia 8 de março, nós, mulheres de todos os tipos, marchámos, parámos de trabalhar e tomámos as ruas em cinquenta países de todo o mundo. Nos Estados Unidos, manifestámo-nos, marchámos, deixamos a louça para os homens em todas as grandes cidades desse país e em incontáveis cidades menores. Nós interrompemos o funcionamento de três distritos escolares para provar ao mundo, mais uma vez, que enquanto sustentamos a sociedade nós também temos o poder de fechá-la.

 

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02
Mar18

UN Mulheres : Dia Internacional da Mulher 2018

por Cila

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Celebra-se no próximo 8 de Março o Dia Internacional da Mulher e o tema escolhido pelas Nações Unidas Mulher é  "Time is Now: ativistas rurais e urbanas que transformam a vida das mulheres".

Este ano, o Dia Internacional da Mulher vem ao ritmo de um movimento global sem precedentes pelos direitos das mulheres, igualdade e justiça, tendo assumido a forma de marchas e campanhas globais, incluindo #MeToo e #TimesUp nos Estados Unidos da América e seus homólogos em outros países, sobre questões que vão desde o assédio sexual e femicídio até a igualdade de remuneração e a representação política das mulheres.

Fazendo eco do tema prioritário da próxima 62ª sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher, o Dia Internacional da Mulher também chamará a atenção para os direitos e o ativismo das mulheres rurais, que compõem mais de um quarto da população mundial e estão sendo deixadas para trás em todas as medidas de desenvolvimento.

Junte-se a nós para transformar o impulso em ação, para capacitar as mulheres em todos os ambientes, rural e urbano, e para comemorar as ativistas que trabalham implacavelmente para reivindicar os direitos das mulheres e realizar todo o seu potencial.

 #TimeisNow

Para consultar a página das Nações Unidas Mulher vá a http://www.unwomen.org/en/news/in-focus/international-womens-day onde poderá encontrar todas as iniciativas e eventos previstos no âmbito da comemoração do Dia Internacional da Mulher.

 

 

 

 

05
Jan18

Capa da Revista Cristina “Chamo-me Tiago”

por Cila

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Por motivos de impossibilidade física de trabalhar num computador e aproveitando para fazer uma pausa nesta época do ano, há já algum tempo que não partilho nada aqui neste cantinho.

Hoje, embora com algumas dificuldades, tenho obrigatoriamente que partilhar convosco aquilo que sinto após ter ouvido a Cristina Ferreira falar da sua revista.

Mais uma vez, sabendo que fica exposta a todos os tipos de criticas negativas, a revista Cristina coloca na sua capa uma fotografia belíssima com o titulo “Chamo-me Tiago”.

 Palmas para a Cristina e para a sua revista que tão bem se manifesta a favor do direito a ser feliz sem preconceito. Palmas para todos aqueles que acham que todo o ser humano tem direito de viver feliz, como bem entende, sem ter de obedecer a preconceitos impostos pela sociedade.

Por mim, resta-me desejar que a revista continue assim, que continue a sua demanda pela igualdade, pelos direitos humanos. E não, não tenho qualquer tipo de recompensa, apenas manifesto aqui todo o meu apoio a esta forma de luta pela mudança da nossa sociedade.

Aplausos!

 

27
Nov17

Dia Internacional contra a Violência de Género

por Cila

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Celebrou-se no dia 25 de Novembro o dia Internacional contra a violência de género. Foi neste dia, em 1960, que foram encontrados os cadáveres de três irmãs, Minerva, Patria e Maria Teresa Mirabal, assassinadas pelo regime do ditador Trujillo na Republica dominicana, pelo facto de serem mulheres e ativas militantes anti regime.

Anos mais tarde, em 1999, a ONU, em homenagem às irmãs Mirabal, declarou o dia 25 de Novembro, dia internacional para a eliminação da violência contra a mulher.

A violência de género contínua presente na nossa sociedade em forma de agressões e abusos em milhares de vítimas em todo o mundo. A cada 25 de Novembro soam as vozes da denúncia a favor da sua erradicação definitiva.

 

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