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O sexo dos anjos

10
Set18

Quando a desigualdade de género parte de outra mulher

por Cila

IGUALDADE.jpg

Hoje estou triste. Muito triste.

Falar da desigualdade de género é para mim uma batalha, na maior parte das vezes incompreendida por grande parte da população masculina que tem tendência a desvalorizar e até contrariar. Mesmo assim não deixo de tentar sempre fazer ver a realidade dura da maior parte das mulheres no seu dia-a-dia e, quando consigo fazer ver a alguém as desvantagens de que todas as mulheres são portadoras, fico extremamente feliz. Conseguir mudar a visão de apenas uma pessoa é para mim uma vitória, já que uma das minhas frases preferidas neste contexto é “grão a grão, enche a galinha o papo”.

E é assim que chego ao assunto de hoje. Porque fico tão magoada e triste quando se trata de ser necessário fazer ver a desigualdade a uma mulher. Como é possível? Como pode uma mulher tecer comentários sexistas? Como pode uma mulher fazer-se reduzir ao facto de se achar de alguma forma um ser inferior? Como pode uma mulher concordar com comentários sexistas de alguém que deve pensar que nasceu de uma chocadeira e não de uma mulher? E não só concordar mas ainda reforçar. Como podemos mudar a nossa sociedade quando são as próprias mulheres a criar estereótipos que validam os comportamentos machistas?

Pronto, desabafei.

E para ti Mulher, que ainda vives com o pensamento retrógrado que te foi incutido na tua educação, não, não somos inferiores. Somos seres humanos iguais de direitos e deveres. Merecemos a igualdade, principalmente a igualdade de oportunidades. Merecemos que nos ouçam quando não concordamos com a forma como somos tratadas, quando nos descriminaram no nosso trabalho por sermos mulheres, quando não aceitam a verdade dos factos ao enfrentar um colega do sexo masculino, quando nos ROUBAM no nosso salário porque somos mulheres. Sim, ROUBAM. Porque desempenhamos a mesmíssima tarefa que o nosso colega do lado, quem sabe até com mais responsabilidades, e o nosso salário é quase 50% inferior. E quem rouba alguma coisa é ladrão. Com todas as letras, L A D R Ã O.

Percebeste agora? Já não era sem tempo.

 

29
Mai18

JUSTIÇA E IMPUNIDADE-Relatório da ONU

por Cila

Justica e impunidade.jpg

Publicado hoje, o novo relatório da ONU sobre a violência contra as mulheres no Afeganistão constata que as vítimas são, muitas vezes, pressionadas a aceitar a mediação, em vez de o suposto autor ser levado a julgamento. “Usar a mediação para tais ofensas é, em seu cerne, uma violação dos direitos humanos por parte do Estado, que tem a obrigação de assegurar a prevenção eficaz de tais crimes, a proteção das mulheres, e fornecer uma resposta efetiva onde tal violência ocorre. O amplo uso da mediação quando uma mulher ou menina foi espancada, mutilada ou assassinada, ou quando ela foi vítima desse conceito horrível de 'assassinato por honra', normaliza essa violência e torna muito mais provável que ela ocorra novamente. Também corrói a confiança das mulheres - e do público em geral - no sistema legal”, disse o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein.

RELATÓRIO da ONU - GENEBRA 29 de maio de 2018:

 

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23
Mai18

Em Coimbra, 94% das estudantes já foram alvo de assédio sexual

por Cila

Queima das fitas.io

 

Hoje partilho convosco, integralmente, um artigo do correio da manhã. Porquê?

Porque vivo em Coimbra, porque amo Coimbra, porque tenho filhas universitárias, porque conheço esta realidade.

Como é possível que, em 2018, em pleno seculo XXI, ainda estejamos nós, mulheres, sujeitas a este tipo de realidade? Uma realidade crua, dura e demasiado violenta.

Meninas que, na maior parte dos casos, vêm de pequenas localidades, completamente alheias ao que vão encontrar, sem indicações sobre como se protegerem. Podem dizer que, na atualidade, já conhecem todos os perigos mas, a realidade é demasiado brutal e muito mais violenta do que podem pensar.

Um estudo realizado pela UMAR Coimbra sobre a violência sexual em contexto académico revela que 94,1% das mulheres inquiridas já foram alvo de assédio sexual, 21,7% de coerção sexual e 12,3% reportaram já terem sido violadas.

Cerca de um terço das mulheres que responderam ao inquérito da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta referiram que já foram vítimas de 'stalking' (perseguição) e cerca de metade já tiveram contacto sexual não consentido, revela a nota de imprensa da organização enviada à agência Lusa.

 

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21
Nov17

Comissão Europeia anuncia plano para acabar com a disparidade salarial entre homens e mulheres

por Cila

igualdade-salarial.jpg

No passado dia 2 de Junho falei aqui http://osexodosanjos.blogs.sapo.pt/trabalhadoras-portuguesas-tem-mais-6316 da questão da desigualdade na retribuição salarial entre homens e mulheres,  no acesso a lugares mais destacados nas empresas e na progressão das carreiras. Este é um assunto que me toca profundamente desde o início da minha vida profissional uma vez que sempre me considerei descriminada em favor de colegas do sexo masculino, embora desempenhasse tão bem ou melhor as mesmas funções.

 

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12
Jul17

Tshirts e pins para promover a violência machista

por Cila

pins e tshirts.jpg

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Quando pensamos que já vimos de tudo e que a nossa sociedade está a progredir, no bom sentido, para a igualdade e respeito, aparece-nos uma situação que nos deixa completamente boquiabertos e sem saber como é isto possível nos dias que correm.

Já todos conhecemos a “famosa” feira de San Fermin que se realiza em Pamplona, Espanha, na qual, sem generalizar, indivíduos correm junto com touros numa tentativa de mostrar a sua “valentia” e “masculinidade”.

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